Real Digital: O Novo Projeto Para a Criação de uma Moeda 100% Digital
Já pensou fazer uma compra pagando de forma rápida e prática, sem perder tempo. Tudo isso pode ser possível através de uma moeda digital.
Ao usar moeda digital, você pode ficar tranquilo quanto à aceitação das suas transações e à proteção dos seus dados, diferente do que ocorre com os cartões de crédito.
Com o Real Digital você pode finalizar suas compras com apenas um clique, em segundos, sem precisar se preocupar com burocracias ou custos bancários exorbitantes.
O Real Digital é um assunto que tem sido discutido ultimamente, mas você o que é, como ele funcionará e qual é o objetivo da autoridade monetária do país em implementá-lo?
Além disso, quais são as principais vantagens que ele trará para o usuário? Continue a leitura e entenda os benefícios da moeda digital e tudo sobre essa tecnologia.
O que é o Real Digital?
O Real Digital é a primeira moeda virtual oficial do Brasil, como o nome sugere, ela é uma extensão das notas de dinheiro físicas, mas será usada somente no meio digital.
O Real Digital é uma Central Bank Digital Currency (CBDC), ou seja, é uma moeda digital produzida e regulamentada pelo Banco Central do Brasil, seguindo as normas estabelecidas na política monetária do país.
A CBDC é uma versão digital da moeda de um país, é uma opção para o dinheiro tradicional, mas tem o mesmo valor, podendo ser usado no dia a dia ou por meio de aplicativos.
Quais os usos do Real Digital?
Desde 2021, a ideia de CBDCs tem ganhado cada vez mais importância, e grandes economias mundiais estão estudando esta tecnologia. Entre elas, a China é a mais avançada, tendo lançado sua própria CBDC.
A utilização de moedas digitais emitidas pelos bancos centrais para realizar transações financeiras diárias é um uso comum em diversos países. No entanto, no Brasil, esse tipo de funcionalidade já é suprida pelo Pix.
Portanto, a proposta para o Real Digital é de que ele supere esse objetivo e possa ser aplicado em outras áreas, segundo o Chefe-adjunto do departamento de tecnologia e informação do BC Aristides Cavalcante Neto.
Uma forma de utilizar o Real Digital seria para construir contratos inteligentes, que se beneficiam da tecnologia blockchain.
Esses contratos possibilitam finalizar transações como compra de imóveis e carros, só liberando o pagamento após a confirmação da entrega do item, isso facilitaria a prevenção de fraudes e a inibição de uso de dinheiro falsificado.
O Banco Central enfatizou, ao divulgar as orientações para a elaboração de uma CBDC, que ela deve ser aplicada em pagamentos varejistas, contratos inteligentes, internet das coisas e como dinheiro programável para realizar transações.
Além de tornar as transações com o Pix mais simples, o Real Digital também pretende fazer com que as diferentes moedas dos países possam se comunicar entre si, possibilitando transações e pagamentos transfronteiras de forma mais rápida.
Quais os usos do Pix?
O Pix é um sistema que permite a transferência imediata de dinheiro entre contas bancárias, usando formas de identificação. A chave Pix é a forma mais comum, pode ser:
- CPF ou CPNJ;
- E-mail;
- Número de celular.
Além disso, há a opção de se utilizar QR Codes, que já contém o valor e destinatário da transferência.
O Pix é um sistema que permite transações tanto entre pessoas físicas quanto jurídicas, começando com o objetivo de transferência de valores entre pessoas e evoluindo para ser uma opção para pagamento de compras e outros tipos de serviços.
Recentemente, o Banco Central adicionou duas novas funcionalidades, denominadas Pix Saque e Pix Troco, que permitem que os usuários sacar dinheiro físico em estabelecimentos comerciais através do uso de QR Code ou chave.
O Pix Troco permite fazer transferência para pagamento, mas com valor superior ao cobrado. Essa diferença, ou seja, o troco, é entregue ao comprador em dinheiro físico.
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Quais são os tipos de dinheiro digital que o Real Digital poderá se inspirar?
As três adaptações do dinheiro digital que surgiram nos últimos tempos nos países que vem sendo implantado são as seguintes:
- Moedas Digitais criadas por Bancos Centrais (CBDCs)
As moedas digitais do banco central (CBDCs – Central Bank Digital Currency) são moedas emitidas pelo banco central de um país.
Eles são separados das moedas fiduciárias, que também são respaldadas pela autoridade e crédito de um banco central, e são outra obrigação da instituição.
Especialistas dizem que esta é a forma que poderá ser aplicada de forma mais simples e fácil aqui no Brasil.
Porque com isso o BC (banco central) não perderia o controle da impressão da moeda ou de outros fatores ligados a isso.
Os CBDCs facilitam a implementação da política monetária removendo os intermediários da política, estabelecendo uma conexão direta entre o governo e o cidadão comum.
Portanto, bancos e instituições financeiras responsáveis pela distribuição de moeda nacional não são mais necessários no processo.
- Criptomoedas
Desde 2017, o aumento na popularidade das criptomoedas como um todo tem sido impulsionado pela popularidade de Bitcoin e Ethereum.
Dessa forma, amplia o valor e da capitalização de mercado das criptomoedas no geral.
Embora essa seja uma chance mais pequena pois não existe a possibilidade de um acesso governamental a grande parte dos dados, essa também é uma opção viável. No entanto, especialistas duvidam que ela chegará a ser utilizada.
Criptomoedas são moedas digitais projetadas usando criptografia. O envoltório de criptografia em torno de uma moeda digital fornece segurança aprimorada e torna as transações resistentes a adulterações.
Em julho de 2021, o valor de mercado das criptomoedas ultrapassou 10,5 trilhões de reais. Ou seja, as criptomoedas representam um mercado trilionário.
No entanto, mesmo assim, ainda não se comparam a moeda atrelada a bancos centrais.
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- Stablecoins
As stablecoins são uma variação das criptomoedas e foram desenvolvidas para combater a volatilidade dos preços das criptomoedas comuns.
Ela está atrelada a uma moeda estatal, o que faz com que os preços permaneçam estáveis.
Eles podem ser um proxy para moedas fiduciárias, exceto que não são respaldados por autoridade governamental.
Quando ele irá ser lançado?
Ainda no governo Bolsonaro houve um teste experimental, com a troca do governo e a entrada do Governo Lula ainda não houve confirmação de quando ela será lançada.
Mas, ainda assim, é provável que uma versão inicial seja implementada ainda no ano de 2023.
Vantagem das moedas como o real digital
O dinheiro digital remove os intermediários na implementação da política monetária e permite incluir grupos de pessoas que antes eram excluídos da economia.
Por exemplo, atualmente, quem não possui conta em banco não pode participar de uma economia utilizando nem mesmo coisas como o PIX, pois é necessário estar atrelado a algum banco.
Desvantagem das moedas como o real digital
O uso de dinheiro digital pode comprometer a privacidade do usuário. O dinheiro é anônimo e é quase impossível rastrear e rastrear seus usuários.
Por outro lado, o dinheiro digital pode ser rastreado.
Embora o uso de cookies da Internet permita publicidade direcionada, as implicações para o rastreamento de dinheiro digital são mais abrangentes.
Por exemplo, organizações ou governos podem colocar na lista negra ou congelar contas sem a permissão dos usuários.
Eles também poderiam instigar a duplicação de contas em contas bancárias, inflando as despesas e reduzindo o total geral.
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RESUMO
Como podemos ver, o real digital é uma mudança que virá para ficar. Ela está e será aplicada dessa forma em 120 países e é algo sem volta. É necessário irmos nos adaptando a essas mudanças.
Assim como o PIX veio e é quase impossível imaginarmos como vivemos todo este tempo sem ele, assim será com o Real digital.
Claro, como podemos ver ele pode ser utilizado de formas mais autoritárias, pois a cada transferência as informações serão fixadas no nome dos envolvidos.
Porém, ele será aplicado em breve e irá facilitar as transações e compras, sejam elas nacionais ou internacionais.
Assim como está sendo aplicada na China com um resultado excelente, em breve este modelo irá vir para o Brasil e os outros países da América Latina.