Se você não sabe o que significa Open Banking, é um sistema financeiro aberto onde os clientes podem permitir e compartilhar suas informações financeiras entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central.

Ou seja, todas as movimentações financeiras das suas contas poderão ser acessadas através de diferentes plataformas, não necessariamente apenas pelos sites dos bancos e aplicativos.

Mas, não se preocupe, tudo isso ocorre de forma segura, rápida e conveniente para cada cliente.

Se você ainda tem dúvidas sobre esse sistema inovador, leia o artigo “Open Banking” e entenda o que é e como ele funciona.

Entenda melhor como foi a chegada do Open Banking no país!

Competições das Fintech e dos Bancos

Empresas financeiras bancárias, as fintechs, não existem sem os bancos, embora sejam concorrentes em alguns casos. As fintechs hoje são as principais responsáveis em melhorar os serviços financeiros.

E quanto mais ele é melhorado, mais simples e direta ficam as transações bancárias, e assim, os bancos incorporam isso e todos os lados ganham.

Essa competição entre essas fintechs e os bancos leva ao crescimento de sistemas mistos, como aplicativos que são de fintechs e que usam bases bancárias, como: Open Banking, PIX, Internet Banking.

Com isso os bancos se modernizam à medida que servem de base para essas transações e a expansão conjunta com as fintechs.

A razão que fez crescer o open banking é o aumento da inovação na transferência de dados. Esses avanços levam a níveis mais altos de experiência do cliente com os bancos.

As fintechs foram as responsáveis por identificar e criar ofertas fáceis de usar, relevantes e atraentes.

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3 Tipos de APIs no Banking

Atualmente existem 3 tipos de APIs no open banking é uma evolução de uma tecnologia que já existe há algum tempo. O Open Banking é a maior inovação bancária desde a criação do Pix.

1. APIs privadas (internas)

APIs privadas/internas são usadas para troca de informações dentro da empresa. Eles reduzem custos, aumentam a segurança e melhoram a eficiência operacional. Ou seja, apenas os bancos têm acesso.

2. APIs de parceiros

As APIs de parceiros são usadas para melhor integração entre parceiros de negócios. A maioria das complexidades desses acordos é discutida entre as equipes de desenvolvedores de cada banco.

Essas informações financeiras são divulgadas apenas para um parceiro do banco. Ou seja, ainda é 100% seguro e sigiloso.

Eles ajudam a reduzir os custos e a implementar a monetização para o banco ou instituição financeira, pois tornam os processos ainda mais rápidos e simples.

3. APIs abertas (públicas)

Aqui os bancos, com a sua autorização, compartilham os dados bancários com outros bancos, e isso será o que tornará as solicitações bancárias ainda mais seguras, pois, o banco verá seus dados que foram entregues por um outro banco.

Então não precisará haver mais aquela desconfiança, como no caso de solicitações iniciais em que o banco não tem conhecimento do seu perfil de cliente.

Eles são os responsáveis por oferecer oportunidades de inovar e melhor os sistemas de transferências bancárias entre eles, e assim, tornar ainda mais simples nossa utilização.

E isso alimenta um crescimento na oferta de produtos e serviços financeiros exclusivo para cada tipo de cliente, baseado no histórico de finanças dele.

Crítica comum ao Open banking

Alguns especialistas estão contestando o open banking. Para eles, o open banking não para na abertura dos dados apenas para as pessoas que você autoriza, e sim, para todas as agências bancárias.

Segundo eles, “O open banking exige a padronização de APIs em todo o ecossistema que todos os participantes podem aproveitar e usar. Assim, todos os players (bancos e fintechs) poderiam ter acesso”

No entanto, isso embora seja possível, é pouco provável. Porque isso exigiria que todos os bancos publicassem a API da mesma maneira, e hoje, cada uma realiza uma forma de transferência de dados.

No momento atual, ainda é pouco provável isso, baseando-se principalmente em quais dados cada banco visava obter quando iniciou o contato com aquele cliente em específico.

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Como funcionam as plataformas bancárias de API aberta?

As plataformas bancárias de API aberta permitem a comunicação entre dois aplicativos diferentes, geralmente um dos lados é o que está solicitando os dados.

Ou seja, uma Fintech, por exemplo, e do outro lado terá um banco, por exemplo, que possui os dados solicitados.

Toda a transferência será feita após a aprovação do cliente. Será ele o responsável por aprovar que o banco realize essa transferência de dados.

O que os bancos poderão fazer com esses dados?

O banco poderá criar produtos e serviços específicos para cada tipo de cliente e isso irá proporcionar uma maior satisfação do cliente.

Eles também podem colaborar com empresas de tecnologia para atender ainda mais o interesse do cliente.

Ao desenvolver sistemas ainda mais fáceis de usar, pois como dissemos, as principais responsáveis por tornar os serviços bancários ainda mais ágeis, são as fintechs.

Ou seja: os 3 lados ganham!

  • O banco tem acesso as melhorias causadas pela fintech;
  • A fintech tem acesso aos dados de forma mais simples e rápida;
  • O cliente final tem acesso a um serviço mais direcionado para o perfil dele;

Este tipo de competição saudável entre fintech e bancos pode ser denominado como uma ‘força de mercado’ motivadora.

Muitos bancos como o Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e outros estão investindo em APIs de open banking por causa dessas forças.

Porém, não importa se o crescimento é impulsionado por forças de mercado, como no Internet Banking ou no Open Banking ou regulamentações governamentais, como o Banco Central ao criar o Pix.

No fim, quem ganha é o cliente final que tem acesso a uma inovação maior e transparência de preços e redução de taxas.

Quais são os principais desafios hoje do Open Banking?

Apesar de tantos benefícios, o open banking apresenta muitos desafios. Com a conveniência das APIs, surgem muitos riscos e preocupações.

Principalmente relacionadas à segurança e integridade dos dados ao estarem em um ambiente online.

– Segurança de dados e privacidade financeira

O open banking para expandir deve ser protegido por fortes leis fortes de privacidade e leis como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

É bom ressaltar que existem riscos como lavagem de dinheiro ou roubo de dados que podem até gerar clonagem de contas ou de cartões.

Algumas leis já estão em vigor para o mesmo. Por exemplo, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) está tentando minimizar este problema.

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– Direitos do Cliente

A ausência de sistemas de reparação e o fato de as partes não terem uma maior responsabilidade em caso de vazamento, pode incentivar atividade fraudulenta por parte de hackers.

– Riscos de conformidade

O risco de conformidade pode surgir devido a penalidades ou danos causados ao cliente.

Conformidade: estar de acordo com as diretrizes ou especificações estabelecidas pelo governo.

Por exemplo, o PIX, foi desenvolvido em conformidade com os bancos e com o Banco Central, e, em seguida, implantado para os usuários em conformidade com o que havia sido estabelecido pelas partes do acordo.

– Riscos de ataques cibernético

Com o aumento do uso dele, aumentam também os riscos de ataques vindos de qualquer pessoa que deseja tentar invadir o sistema.

Além disso, questões como uso indevido, ou até mesmo falsificação e uso de malware (programas para roubar dados) são igualmente ameaçadoras para as instituições.

– Regulamento da API Open Banking

Como mencionamos no início, as diretrizes do open banking podem variar de país para país. Em lugares como os EUA, Austrália, ou na Europa, têm regulamentações que impõem a arquitetura bancária aberta.

Ou seja, todos os bancos já têm acesso aos dados independente da autorização ou não. Porém, no Brasil, ainda há uma regulamentação mais rígida.

Vale lembrar que aqui o responsável pela implementação do Open Banking é o Banco Central que tem como objetivos trazer inovação ao sistema financeiro brasileiro.

Dessa forma, ele é responsável por promover a concorrência das partes e melhorando para o consumidor.

Conclusão

Como vimos, os benefícios da aplicação dele no setor financeiro são enormes.

As expectativas dos clientes estão mudando junto com a evolução digital do setor, como por exemplo o PIX, que nem mesmo os criadores acreditavam que seria de aceitação tão rápida.

Isso fez muitos buscarem as instituições que priorizem o foco no cliente. Ou seja, no longo prazo, as empresas de finanças para se destacarem terão que ofertar coisas diferentes aos seus clientes.

Ao utilizar ele, as instituições financeiras atenderam às novas demandas dos clientes de forma individualizada e, ao mesmo tempo, atualizaram seus processos de negócios para serem mais rápidas e de fácil acesso.

Provavelmente o Open Banking – junto com o PIX, e junto com o Internet Banking – serão fundamentais para as instituições que desejam crescer nas próximas décadas.

→ VEJA COMO FUNCIONA O OPEN BANKING